segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

>>> acessibilidade >>>

Uma cartilha para todos
Informativo chama atenção para o direito das pessoas com deficiência

"Eu sempre fui discriminada na escola, inclusive pelas pessoas que eu achava que eram minhas amigas, mas isso só serviu para me fortalecer. Aprendi a gostar de mim do jeito que eu sou e aceitar a minha deficiência." Esse depoimento, de uma aluna de pós-graduação da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), está presente na cartilha Da Necessidade Especial ao Direito, e reflete as barreiras que as pessoas com deficiência encontram ao longo da vida. Oito mil exemplares já foram distribuídos na UFSJ, e a partir do início de 2011 mais dois mil chegarão também a escolas, indústrias, comércio, hotéis e restaurantes. O material pode ser acessado pelo site www.ufsj.edu.br/incluir.

Muitos transtornos poderiam ser evitados se os direitos básicos fossem conhecidos pelos cidadãos, afirma a coordenadora do Programa, Maria Nivalda de Carvalho Freitas. Através da cartilha, pretende-se chamar a atenção para o direito que as pessoas com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual ou múltipla) têm à autonomia, à independência, a fazer suas escolhas, estudar, trabalhar e compartilhar lazer e relações afetivas. O material aborda seis temas: políticas públicas; educação; trabalho; acessibilidade urbana e arquitetônica; informação e comunicação; lazer e turismo.

As adaptações para atender às pessoas com deficiência devem estar presentes no trabalho e no ambiente urbano - o que inclui espaços de lazer e transporte público. Adaptar os ambientes físicos, sinalizar, realizar treinamentos e dar oportunidade de crescimento a todos são algumas das modificações necessárias numa empresa para superar as barreiras físicas, de comunicação e de concepções preconceituosas. A cartilha convida o leitor à reflexão: "quando você é o responsável pelo planejamento de uma nova atividade ou um novo projeto na sua escola, universidade ou trabalho, a acessibilidade é levada em consideração?".

Há experiências que respondem de forma afirmativa. É o caso da cidade de Socorro (SP), adaptada para o ecoturismo e o turismo de aventura para pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. Outros exemplos por todo o mundo, como transporte coletivo 100% adaptado, práticas esportivas e turísticas, acessibilidade em patrimônios tombados, podem ser conferidos no site http://turismoadaptado.wordpress.com.

Texto: Rogério Alvarenga
Clique aqui para visualizar a matéria completa no site da UFSJ

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