sábado, 7 de novembro de 2009

>>> reportagem >>>

GREEN BUILDINGS
A natureza como fonte de inspiração

>>> Novos prédios utilizam recursos sustentáveis para a conservação do meio ambiente


por Gustavo Mendanha
[gustavo.mendanha@hotmail.com]


O termo ainda vive no Brasil os primeiros dias de uma nova era: a da sustentabilidade. Não bastassem as campanhas de publicidade milionárias em prol do planeta, divulgadas com freqüência nos meios de comunicação, agora é a vez de a construção civil embarcar nessa revolução verde, que atravessa os quatro cantos do globo e leva consigo uma nova proposta: diminuir os resíduos lançados no meio ambiente.

A moda das construções sustentáveis surgiu na década de 1990, porém, ganhou força na entrada do novo milênio, quando autoridades mundiais e líderes de ONGs ambientalistas começaram a apontar suas preocupações com o planeta, iniciando uma série de campanhas de proteção à biodiversidade e combate ao aquecimento global. Com isso, diversos setores da economia tiveram que se adequar às novas exigências do Protocolo de Quioto e outros tratados e normas internacionais em favor do meio ambiente.

Nos dias de hoje, o conceito Green Building – ou Prédio Verde, na tradução literal – está associado aos princípios do desenvolvimento sustentável colocados em prática em todos os processos de uma construção. Ou seja, a ideia é levantar prédios para fins diversos, mas que utilizem materiais e tecnologias de impacto reduzido no meio ambiente, desde a concepção do projeto até a operação desse edifício. Este conceito sugere a conservação da água e das energias, o reuso de materiais, e estabelece a sustentabilidade na cadeia de produção, levando em conta aspectos culturais e sociais dos países que o adotam. [...]

Quer saber mais sobre "prédios verdes", suas diferenças para os convencionais e o selo Leed? Leia a reportagem completa aqui.

>>> data.show >>>

LIMONADA SEM AÇÚCAR
Desafios, limões e sinergia invadem o fim do ano do trabalhador


Fim de ano é hora de se desligar do trabalho, curtir a família e viajar. Ninguém discorda. Ou melhor, quase ninguém; o problema é convencer a chefia disso. Fim de ano, em boa parte das empresas, é hora de ouvir as pérolas do ano, devidamente treinadas em programas de capacitação ou ouvidas em palestras de motivação.

Fim de ano, por exemplo, é época de "novos desafios" - ou simplesmente novos problemas. Poucos gostam de problemas, mas muitos gostam de desafios. Os chefes descobriram isso e não param de inventar desafios como as demissões em massa ou a pressão em forma de metas.

Fim de ano, por exemplo, é época de trabalhar dobrado - afinal, ganhamos dobrado em dezembro, uma conquista trabalhista. Mas não reclamemos: o importante é "fazer do limão uma limonada" - ou seja, conseguir bons resultados sendo explorado até o último bagaço. E sem açúcar!

Fim de ano, por exemplo, é época de responsabilidade socioambiental, de repensar os hábitos de vida. Só não avisaram o bom velhinho, aquele que domina a televisão e as empresas perto do Natal - eu nunca o vi chegar pela chaminé, só pela TV. Depois de sair do shopping com cinco sacolas de desnecessidades, a gente conversa sobre o assunto.

Fim de ano, então, é época de solidariedade no ambiente de trabalho. Isso mesmo: vamos focar nossa energia em trabalhos coletivos, em nome do lucro. Afinal, as férias só virão em abril ou maio. E viva a sinergia - isto é, a exploração coletiva no ambiente de trabalho.

Fim de ano.
Fim da picada.
Fim da paciência.
Finados, 02.11.


Texto e tabela por Rogério Alvarenga [rogerioalvarenga@contratonatural.com.br]

>>> mini >>>

QUE PESSOAS PREPARAMOS PARA O MUNDO?

Há pouquíssimo tempo fui a uma festa de aniversário infantil. Não tinha expectativa acerca do divertimento, como em toda festa desse gênero - se adultos formos, vamos por algum tipo de obrigação. Mas, fui surpreendido com o evento.

Havia uma enormidade de diversões para os pequenos: escorregadores, animadores, pipoca (com carrinho e funcionário!), algodão doce e etc. Num dado momento todos os pais foram reunidos para uma atividade "lúdica" ("Ufa, não sou pai!", pensei eu). Os marmanjos dançaram funk, macarena e pagode baiano.

Depois da maravilhosa apresentação adulta chegara a hora da apresentação infantil. O aniversariante tinha dois anos. Os animadores estavam a postos e cerca de quinze crianças estavam animadas e entusiasmadas para as competições de corrida de saco, adivinhações e coisas do tipo.

O que ocorreu na seqüência foi que os animadores burlavam todas as competições para privilegiar o aniversariante, roubando descaradamente, afinal era o dia dele. Acontece que todas as crianças percebiam e tudo ficou patético. Qual é a lição que levarão para casa? Quem rouba ganha? O pior que são esses pais que dizem que o problema do Brasil é a corrupção.

Não temos que preparar apenas um mundo melhor para nossos filhos; devemos prepará-los para fazer um mundo melhor, e exemplo se faz com atitudes domésticas.

Texto e ideia por Omar Mendes