sexta-feira, 9 de outubro de 2009

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12 DE OUTUBRO É DIA DE...

... Nossa Senhora Aparecida. Mas muitos se lembram, mesmo, de que é Dia da Criança. Afinal, a véspera costuma ser conturbada, em filas de supermercados e shoppings, em busca de um pre$ente. O feriado cai bem para vencer a ressaca do compra-compra. Compre Baton!

Nem todos sabem, também, o que celebram os dias 21 de abril e 15 de novembro; mas se o 13 de maio, abolição da escravatura, cair no segundo domingo do mês das noivas, saberão que é o dia das mães. E o segundo domingo de agosto, dia dos pais, é impossível esquecer. Pai, não esqueça a minha Caloi!

Reflexo de uma sociedade que ama suas crianças, seus pais e suas mães? A julgar pelas estatísticas de trabalho infantil, abandono de crianças e idosos, não. Reflexo de uma comunicação social eficiente, em nome do mercado, e de uma educação arcaica, em nome da tradição.

Os novos números do IBGE mostram que nos contentamos com pouco. Mais da metade das crianças de zero a seis anos não frequentam escolas ou creches - sem contar a zona rural da Região Norte, onde a pesquisa não chega mas o resultado é sabido. Quase um milhão de crianças e adolescentes trabalham - sem contar a zona rural da Região Norte, onde a pesquisa não chega mas o resultado é sabido. Ano retrasado existiam duzentas mil a mais pegando no batente.

Ok, quer notícia boa? O analfabetismo cai, ano após ano, e hoje atinge "apenas" 10% da população com mais de 10 anos. Viva a criança alfabetizada, viva o pai alfabetizado, viva a mãe alf... hmmm, a propósito, alguém já realizou uma pesquisa sobre o analfabetismo funcional?

Texto e ideia por Rogério Alvarenga
Foto por Efraim Neto, durante a I Semana Meio Ambiente e Sociedade

Um comentário:

  1. Nossa, Ro, mais um texto maravilhoso. Aliás, eu acredito que isso seja proposital. Uma população que não consegue ler, como diria Paulo Freire, não lê o mundo. E isso é fundamental para que governantes usem e abusem, continuando com a tradição do "pão e circo" e conduzindo a massa de manobra... É uma realidade triste. Eu acredito, também, que podemos sim modificar essa realidade.

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