quarta-feira, 28 de abril de 2010

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O Contador de histórias

por Rogério Alvarenga


Quem de nós não está acostumado com as histórias contadas por propagandas, muitas vezes duvidosas e que induzem o indivíduo a fazer escolhas nocivas? Num passado recente, as propagandas de cigarro contavam histórias sobre surfistas e outros esportistas que fumavam e exibiam saúde invejável. Hoje, as de cerveja ainda fazem isso; as de governo, também. E, numa dessas histórias contadas por um governo, a mãe de Roberto Carlos Ramos "matricula" seu filho para ser doutor, advogado ou engenheiro, na Febem de Minas Gerais. Infelizmente esse enredo é verídico, retratado pelo filme "O contador de histórias".

Com cronologia em constante alternância, a obra começa mostrando Roberto Carlos adolescente, no auge de sua crise existencial, fugindo da fundação, roubando, drogando-se, e também sofrendo as consequências por isso: sendo espancado e até estuprado. Adolescente de quem todos fugiriam, certo? Ainda bem que não: Margherit Duvas, pedagoga francesa representada de forma marcante por Maria de Medeiros, acredita na recuperação do ser humano. Ouve suas histórias de criança e adolescente; vive seu crescimento. Também sofre as consequências por isso, mas tem a recompensa de ver o resultado de sua fé.

Hoje, Roberto Carlos é o contador de histórias. E tem muita coisa a nos contar, assim como o filme de dirigido por Luiz Villaça e produzido por Francisco Ramalho Jr. e Denise Fraga (ela mesma!).

Veja site do filme

Exibido no dia 19 de abril, no Solar da Baronesa, São João del-Rei, como parte da programação Segunda no Solar, do Centro Cultural da Universidade Federal de São João del-Rei. Foto: divulgação.

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